Europa vs China
A China assume-se, cada vez mais, como a nova superpotência de um futuro não muito longíquo.
De acordo com uma recente previsão de vários economistas, a economia chinesa irá ultrapassar a Alemanha em 2009, o Japão em 2015 e os Estados Unidos em 2039!
Em termos de educação a China evolui também a grande ritmo: hoje em dia as universidades chinesas 'produzem' 3 milhões de novos licenciados todos os anos, 250 mil dos quais formados em Engenharia.
Perante este cenário ouvimos, cada vez com mais insistência, da parte de vários economistas europeus comentários sobre a necessidade da Europa modificar radicalmente o seu modelo económico e social.
Segundo esses economistas, várias são as maleitas de que sofre o modelo europeu: um modelo social que não está preparado para lidar com a concorrência chinesa, o elevado peso do Estado, a rigidez do mercado laboral, os subsídios a sectores pouco competitivos e os impostos elevados que tornam as estruturas de custo na Europa incomparavelmente superiores às da China.
Obviamente que estes comentários, na minha opinião, não podem provir senão de economistas que encaram a Economia como um bem em si mesmo. Eu, contudo, encaro a Economia como uma ciência cujo objectivo último é contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas. A Economia só tem interesse quando serve as pessoas e não ao contrário.
Nesse sentido gostaria de fazer alguns comentários sobre a China e o seu 'modus operandi'.
Primeiro que tudo gostaria de relembrar que a China não é um regime democrático e que em tudo, excepto na sua taxa de crescimento económico, não é uma referência a seguir.
A realidade, que por vezes se ignora ou tenta omitir, é que na China as condições de trabalho, desde a higiene à remuneração, são no mínimo rídiculas! Milhões de chineses vivem nos próprios locais onde trabalham (que pode ser uma fábrica ou um aviário!), não existe horários de trabalho, nem preocupações com o trabalho infantil, nem um ordenado mínimo. Ou seja, não existe qualquer preocupação com a dignidade humana.
Será portanto de admirar que, nestas condições, os produtos 'Made in China' sejam incomparavelmente inferiores ao do mundo ocidental?
Se para esses Srs. Economistas isso é vida, o meu conselho é façam a mala e vão trabalhar numa fábrica chinesa!!
Mas pior é achar que a Europa é que tem de modificar o seu sistema para ficar igual ao chinês!!
Analisemos as supostas maleitas de que sofre a Europa:
1- O seu modelo social não está preparado para lidar com a concorrência chinesa: as condições laborais chinesas descritas anteriormente tornam óbvia esta afirmação. Mas queremos nós ter as mesmas condições que os chineses ou será antes ao contrário?
2- O elevado peso do Estado: as nações europeias com maior peso do Estado são os países nórdicos contudo é, exactamente nesses países, que a Economia mais floresce e existe melhores condições de vida no continente europeu. Convém não confundir peso do Estado com má gestão feita pelo Estado...E já agora, tendo em conta que a china é, para todos os efeitos, um regime comunista qual é o peso do Estado chinês na Economia?
3- A rigidez do mercado laboral: se compararmos com o mercado laboral chinês de fcto o nosso é extremamente rígido. Aconselho todos aqueles que atacam essa rigidez a ir trabalhar para a China...para ver em quanto tempo mudam de ideia!
4- Impostos elevados: uma vez mais o exemplo nórdico...os impostos são os mais elevados da Europa mas são utilizados correctamente para suportar os melhores sistemas públicos de ensino e educação!
Finalmente não podemos ignorar o facto da Europa viver na base de um mercado livre e a China não. Não deixa de ser engraçado ouvir esses economistas insinuarem que é muito mau a Europa impôr barreiras económicas aos produtos chineses quando se sabe que os investimentos estrangeiros e a entrada de produtos do resto do mundo são estritamente controlado pelo governo Chinês.
Por todas estas razões sou favorável à imposição de algumas barreiras aos produtos chineses porque, no fundo, é a única maneira de pôr algum travão à concorrência desleal feita pela China. Isto enquanto a China continuar a funcionar desta forma.
5 Comments:
Concordo com muito do que dizes neste post, no entanto não nos podemos esquecer que se a china não puder vender os seus produtos (mesmo que feitos em condições desumanas) nunca será capaz de distribuir riqueza pelo seu povo. Nos últimos 20 anos, 260 milhões de chineses deixaram de ser pobres e 6 milhões são considerados milionários. Não deixa de ser um facto extraordinário.
Quem acredita que é possivel dar condições de vida e depois (e só depois) produzir riqueza, está a cometer um erro e nunca terá nenhuma das duas. O canhinho a seguir deverá ser o de produzir, mesmo que em condições miseráveis, e ir distribuindo a riqueza produzida.
Tino, concordo que primeiro à que produzir para então depois poder distribuir a riqueza. Contudo não posso aceitar que a Europa tenha que 'patrocionar' a melhoria das condições de vida dos chineses à custa do empobrecimento da Europa e do piorar das condições de vida dos europeus.
E obviamente que sou favorável ao aumento do comércio dos países mais pobres por forma a estes conseguirem sair do nível de miséria onde se encontram...
Quando a Europa compra comprar uma t-shirt a 1€ em vez de 15€ não está a ficar mais pobre. Quando a Europa subsidia uma t-shirt com 5€ para poder ser vendida a 10€ e põe taxas à entrada de 10€ para os produtos chineses não serem vendidos, significa que uma t-shirt que podia custar 1€ custa no minimo 10€,isto é, neste caso a Europa fica mais pobre e a china fica mais pobre. É o que se chama uma soma de resultado negativo em que ambas as partes perdem. Os únicos que não perdem são os empresários dos texteis portugueses.
Ao comprar uma t-shirt de 1 euro chinesa em vez da t-shirt de 15 euros europeia posso muito bem estar a ficar mais pobre! A riqueza não se mede apenas pelo que pagas pelo produto...
Se pago apenas 1 euro pela t-shirt mas não tenho ordenado ao fim do mês, porque a concorrência desleal chinesa fechou a minha fábrica, garanto que fico mais pobre!
E, como já referi no post, as condições laborais exigidas na Europa impossibilitam qualquer tipo de concorrência com empresas da China. Não há que enganar: é concorrência desleal!!
Como queres que uma empresa que tem de pagar segurança social, pagar ordenados mínimos, cujos trabalhadores têm um horário que não podem exceder possa competir com uma empresa concorrente chinesa?
E só por a empresa chinesa conseguir produzir a um preço mais baixo é necessariamente melhor que a Europeia? Se assim é vamos ter que voltar a recorrer a mão-de-obra escrava, que é praticamente o que existe na China...
Por outro lado, todos são unânimes que não se pode concorrer directamente com empresas chinesas que se baseiam na mão-de-obra barata (porque será?). É preciso inovar e ter produtos com maior valor acrescentado. Mas há um pequeno senão: produtos com maior valor acrescentado são mais caros e, ou se conseguem exportar ou então a coisa corre mal porque infelizmente o mercado interno português é pobre e não consegue aceder a esses produtos...
Finalmente, prefiro beneficiar empresários portugueses a chineses. Aliás esta atitude é a que os espanhóis têm acerca dos seus produtos, apesar dos mesmos serem muitas vezes de qualidade inferior aos produtos portugueses ou outros...
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