Apontamentos e Achegas
Na sequência de alguns dos meus posts tenho recebido vários comentários aos quais me vejo na necessidade de efectuar alguns apontamentos e achegas:
1- 'Ao subscreveres todas os comentários do Pacheco Pereira eu
pergunto, por exemplo, se o nosso país não apoiar o
teatro, será que o teatro português vai amadurecer?'
Sou contrário a esse tipo de apoios porque, do meu ponto de vista, têm o efeito contrário aos seus objectivos.
Julgo que, tal como em qualquer outra actividade, deve ser o mercado a decidir o que quer. As actividades culturais devem ser dirigidas a um público-alvo que torne rentável essa mesma actividade, quer se trate de um filme, uma peça de teatro ou outra actividade qualquer. Existem inúmeros Países em que não existe apoio e, apesar disso, a actividade cultural é bem mais recheada e rentável...
Gostaria de lembrar o episódio de um cineasta que fez um filme subsidiado que era não sei quantos minutos com uma tela preta. Ainda tivemos direito a ouvir o tal cineasta a dizer que queria era que o público se fodesse(?!). O cineasta tem todo o direito a fazer o filme que entender, não acho no entanto que devam ser os contribuintes a pagar estes desvarios...
Por outro lado, se uma peça teatral é realizada com apoio estatal e ninguém vai ver, isso acrescenta alguma mais valia cultural ao País?
Se o objectivo é permitir que um maior número de Portugueses possam assistir às actividades culturais seria mais eficaz subsidiar os preços dos bilhetes de algumas dessas actividades culturais.
Continuo, contudo, a achar bem mais eficaz ser o mercado, com a sua lei da oferta e procura, a regular estas questões: se uma actividade cultural, um filme por exemplo, não tiver apoios estatais terá obrigatoriamente que dar lucro. Para tal será necessário que assistam o maior número de pessoas possível (daí o cuidado na escolha do público-alvo), pelo que os preços terão também de ser acessíveis para esse mesmo público-alvo!
Relativamente à questão do amadurecimento do teatro nacional julgo que se entenda com isso a constante melhoria qualitativa do mesmo. Mas a questão que faço é: qual o melhor incentivo para fazer coisas cada vez melhores, o apoio estatal com critérios no mínimo cinzentos e muitas vezes totalmente alheados de preocupações de qualidade ou a necessidade de ter a adesão do público?
Falo por mim, mas se alguém me disser que foi ver determinada actividade cultural e gostou, ficarei também tentado a assistir.
2- 'Sobre a tua análise dos professores, embora concordasse na
sua essência, quero dizer-te que os professores não
sobem tão automáticamente como parece, pois têm
apresentar pelo menos 25 horas de formação anual, o que
os obriga a se articularem no tempo, depois disso têm de
fazer um relatório de actividades que poderá ser
aprovado ou não. Mas o que é mais importante ainda ,é
que os professores têm uma constante lapidação, com a
natural concorrencia entre os colegas, que não é fácil
ser baldas. O sistema pressiona, e os professores têm
algum brio, embora não haja regra sem excepcção.'
Como expliquei no post, sou contrário às progressões automáticas porque sou da opinião que prejudicam os bons trabalhadores em benefício dos maus.
Julgo também que o verdadeiro mérito de um professor reside no que ele consegue fazer com os alunos. Um professor tem mérito se, graças ao seu gosto pelo que faz e pelo que ensina, consegue motivar os alunos e fazê-los querer aprender. Essa capacidade de motivar e interessar os alunos é que deverá ser premiada!
Por outro lado sou da opinião que um trabalhador não deve ser premiado pelo facto de ir trabalhar, afinal é para isso que ele está a ser pago! Ou seja, o facto de não ser 'baldas' não é motivo, só por si, para garantir uma progressão automática...
1- 'Ao subscreveres todas os comentários do Pacheco Pereira eu
pergunto, por exemplo, se o nosso país não apoiar o
teatro, será que o teatro português vai amadurecer?'
Sou contrário a esse tipo de apoios porque, do meu ponto de vista, têm o efeito contrário aos seus objectivos.
Julgo que, tal como em qualquer outra actividade, deve ser o mercado a decidir o que quer. As actividades culturais devem ser dirigidas a um público-alvo que torne rentável essa mesma actividade, quer se trate de um filme, uma peça de teatro ou outra actividade qualquer. Existem inúmeros Países em que não existe apoio e, apesar disso, a actividade cultural é bem mais recheada e rentável...
Gostaria de lembrar o episódio de um cineasta que fez um filme subsidiado que era não sei quantos minutos com uma tela preta. Ainda tivemos direito a ouvir o tal cineasta a dizer que queria era que o público se fodesse(?!). O cineasta tem todo o direito a fazer o filme que entender, não acho no entanto que devam ser os contribuintes a pagar estes desvarios...
Por outro lado, se uma peça teatral é realizada com apoio estatal e ninguém vai ver, isso acrescenta alguma mais valia cultural ao País?
Se o objectivo é permitir que um maior número de Portugueses possam assistir às actividades culturais seria mais eficaz subsidiar os preços dos bilhetes de algumas dessas actividades culturais.
Continuo, contudo, a achar bem mais eficaz ser o mercado, com a sua lei da oferta e procura, a regular estas questões: se uma actividade cultural, um filme por exemplo, não tiver apoios estatais terá obrigatoriamente que dar lucro. Para tal será necessário que assistam o maior número de pessoas possível (daí o cuidado na escolha do público-alvo), pelo que os preços terão também de ser acessíveis para esse mesmo público-alvo!
Relativamente à questão do amadurecimento do teatro nacional julgo que se entenda com isso a constante melhoria qualitativa do mesmo. Mas a questão que faço é: qual o melhor incentivo para fazer coisas cada vez melhores, o apoio estatal com critérios no mínimo cinzentos e muitas vezes totalmente alheados de preocupações de qualidade ou a necessidade de ter a adesão do público?
Falo por mim, mas se alguém me disser que foi ver determinada actividade cultural e gostou, ficarei também tentado a assistir.
2- 'Sobre a tua análise dos professores, embora concordasse na
sua essência, quero dizer-te que os professores não
sobem tão automáticamente como parece, pois têm
apresentar pelo menos 25 horas de formação anual, o que
os obriga a se articularem no tempo, depois disso têm de
fazer um relatório de actividades que poderá ser
aprovado ou não. Mas o que é mais importante ainda ,é
que os professores têm uma constante lapidação, com a
natural concorrencia entre os colegas, que não é fácil
ser baldas. O sistema pressiona, e os professores têm
algum brio, embora não haja regra sem excepcção.'
Como expliquei no post, sou contrário às progressões automáticas porque sou da opinião que prejudicam os bons trabalhadores em benefício dos maus.
Julgo também que o verdadeiro mérito de um professor reside no que ele consegue fazer com os alunos. Um professor tem mérito se, graças ao seu gosto pelo que faz e pelo que ensina, consegue motivar os alunos e fazê-los querer aprender. Essa capacidade de motivar e interessar os alunos é que deverá ser premiada!
Por outro lado sou da opinião que um trabalhador não deve ser premiado pelo facto de ir trabalhar, afinal é para isso que ele está a ser pago! Ou seja, o facto de não ser 'baldas' não é motivo, só por si, para garantir uma progressão automática...
1 Comments:
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