Avaliação aos Professores
Nestas últimas semanas temos assistido a várias declarações quer de responsáveis governamentais quer dos professores e suas entidades sindicais sobre a problemática da avaliação aos professores.
Contudo, em todas essas declarações notei um maior interesse na defesa dos interesses de cada uma das partes envolvidas do que em discutir, de forma construtiva, esta problemática.
Antes de mais gostaria de frisar que sou favorável às avaliações e ao fim das progressões automáticas na função pública.
As progressões automáticas indiferenciam os bons dos maus profissionais. Independentemente do seu esforço ou evolução têm a promoção assegurada, desde que se consigam manter vivos...
Para além disso este tipo de progressão, a longo prazo, origina tendencialmente a desmotivação dos bons profissionais: por menos que se trabalhe, como os seus maus colegas, continua-se a progredir na carreira, portanto para quê se esforçar?
Claro que antes de se acabar com as progressões automáticas é necessário que esteja definido e em aplicação um sistema de avaliação dos profissionais por forma a ser possível substituir os métodos de progressão automática por outros mais justos.
Julgo que é do interesse de todos os bons profissionais este tipo de avaliação e progressão. Evidentemente que é mais exigente mas, no mundo em que vivemos, é absolutamente indispensável premiar o mérito, o conhecimento e o esforço.
Por todas estas razões julgo que o caso dos professores não deve ser diferente dos restantes.
Relativamente à forma como serão feitas as avaliações julgo que não devem ser razão para boicotar este processo. Evidentemente que existem vários critérios de avaliação que julgo serem consensuais como a assiduidade dos professores, os resultados obtidos pelos alunos e a avaliação feita pelos estudantes aos professores, entre outros.
Um critério que tem dado alguma polémica é a possibilidade dos pais poderem avaliar os professores. É uma ideia que não me repugna desde que haja bom senso: obviamente que a avaliação feita pelos pais deve ser apenas uma pequena parcela da avaliação global e tanto menor quanto, por exemplo, menos vezes for um pai às reuniões de pais.
Não queria contudo deixar de apontar um exemplo de uma falha governamental neste processo concreto: o governo não pode, por falta de coragem política em acabar com as progressões automáticas, prejudicar as professoras que, apesar das já difíceis situações de insegurança e constantes deslocalizações anuais optam, por ser mães, não contabilizando para a progressão de carreira o período de licença de parto.
No fundo parece que o Ministério da Educação avança com este processo de avaliação dos professores com o objectivo de ajudar o Ministério da Economia na redução das despesas estatais. E isso, por adulterar todo o sentido deste processo aqui analisado, é que é absolutamente inaceitável!
Contudo, em todas essas declarações notei um maior interesse na defesa dos interesses de cada uma das partes envolvidas do que em discutir, de forma construtiva, esta problemática.
Antes de mais gostaria de frisar que sou favorável às avaliações e ao fim das progressões automáticas na função pública.
As progressões automáticas indiferenciam os bons dos maus profissionais. Independentemente do seu esforço ou evolução têm a promoção assegurada, desde que se consigam manter vivos...
Para além disso este tipo de progressão, a longo prazo, origina tendencialmente a desmotivação dos bons profissionais: por menos que se trabalhe, como os seus maus colegas, continua-se a progredir na carreira, portanto para quê se esforçar?
Claro que antes de se acabar com as progressões automáticas é necessário que esteja definido e em aplicação um sistema de avaliação dos profissionais por forma a ser possível substituir os métodos de progressão automática por outros mais justos.
Julgo que é do interesse de todos os bons profissionais este tipo de avaliação e progressão. Evidentemente que é mais exigente mas, no mundo em que vivemos, é absolutamente indispensável premiar o mérito, o conhecimento e o esforço.
Por todas estas razões julgo que o caso dos professores não deve ser diferente dos restantes.
Relativamente à forma como serão feitas as avaliações julgo que não devem ser razão para boicotar este processo. Evidentemente que existem vários critérios de avaliação que julgo serem consensuais como a assiduidade dos professores, os resultados obtidos pelos alunos e a avaliação feita pelos estudantes aos professores, entre outros.
Um critério que tem dado alguma polémica é a possibilidade dos pais poderem avaliar os professores. É uma ideia que não me repugna desde que haja bom senso: obviamente que a avaliação feita pelos pais deve ser apenas uma pequena parcela da avaliação global e tanto menor quanto, por exemplo, menos vezes for um pai às reuniões de pais.
Não queria contudo deixar de apontar um exemplo de uma falha governamental neste processo concreto: o governo não pode, por falta de coragem política em acabar com as progressões automáticas, prejudicar as professoras que, apesar das já difíceis situações de insegurança e constantes deslocalizações anuais optam, por ser mães, não contabilizando para a progressão de carreira o período de licença de parto.
No fundo parece que o Ministério da Educação avança com este processo de avaliação dos professores com o objectivo de ajudar o Ministério da Economia na redução das despesas estatais. E isso, por adulterar todo o sentido deste processo aqui analisado, é que é absolutamente inaceitável!
2 Comments:
Olá!Gostaria de concordar contigo em tudo...mas não posso no que diz respeito à avaliação dos professores pelos Enc Educação.É uma opinião muito pessoal, que não vou descrever aqui, porque sou professora, na ilha da Madeira e originária de Lisboa.Mas concordo sobretudo com o facto de esta legislação prejudicar quem quer ter filhos e contribuir para o aumento da taxa de natalidade no nosso país.
best regards, nice info » » »
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