quarta-feira, abril 04, 2012

Uma Madeira Virtual

As drásticas medidas de austeridade, ‘cozinhadas’ entre os Governos da República e da RAM, ainda não foram todas implementadas na RAM e a situação de crise só não é evidente para quem não queira ver: diariamente surgem notícias de falências e fechos de empresas e a taxa de desemprego é já assustadora – e pior – como uma tendência para continuar a crescer.

Contudo, e ao contrário do que seria razoável de esperar mas infelizmente já é hábito, o PSD-M e o seu governo continuam a tentar negar as evidências e a culpar tudo e todos – menos eles próprios que sempre governaram a RAM – por esta situação. O problema é que hoje não há como fazer com que os Madeirenses não vejam ou sintam na pele todos os efeitos devastadores de uma política económica desastrosa e errada: em todas as famílias há situações de desemprego e de dificuldades!

E assim todo este castelo de nuvens criado ao longo de décadas pelo PSD-M se dissipa e mostra claramente a realidade: na Madeira adoptou-se uma estratégia de crescimento que não era sustentável mas apenas alimentada pelo acesso fácil ao crédito; com o fim do acesso a esse crédito o governo regional demonstra uma completa incapacidade para lidar com a realidade e criar uma nova estratégia adequada a estes novos e difíceis tempos…

É aliás curioso verificar que a oposição – que sempre foi insultada e desvalorizada pelo PSD-M e sobretudo pelo seu líder como sendo ignorante e incompetente, tentando criar uma falsa imagem que fora do PSD-M o panorama político regional era um deserto – estava afinal correcta no seu diagnóstico sobre o que seria o futuro da região se o PSD-M mantivesse o mesmo rumo. Estar certo nestas circunstâncias não dá nenhuma alegria mas é bom lembrar para que ninguém tente apagar da memória colectiva como chegamos até aqui…

A pergunta que cada Madeirense deve fazer e tentar responder a si mesmo é: afinal onde estava a incompetência e a irresponsabilidade?
Para mim a resposta é óbvia: se é isto o melhor que o PSD-M sabe fazer, que venham outros quaisquer porque – como diria o famoso comediante brasileiro Tiririca – pior que está não fica!

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