O centenário do nascimento de Ernest Hemingway foi ocasião para o lançamento deste romance póstumo.
Aproveitei estes dias de férias para terminar a sua leitura. Não me posso considerar um fã incondicional de Hemingway mas não me posso deixar de sentir seduzido pelas magníficas descrições das paisagens e da vida em África.
Uma vida de aventura nas savanas africanas, caçando, apreciando as incríveis belezas naturais de África não pode senão exercer um enorme fascínio sobre o comum dos mortais e Hemingway transporta melhor que ninguém para o papel essa sensação e esse desejo de liberdade.
Ao ler este romance apercebe-se que o mesmo está impregnado por um sentimento de saudade: Hemingway adivinhava que a 'sua' África, tal como ele a conhecia e amava, tinhas os dias contados...
«Em África uma coisa é verdade ao amanhecer e mentira pelo meio-dia e não devemos respeitá-la mais do que ao maravilhoso e perfeito lago bordejado de ervas que se vê além da planície salgada crestada pelo sol. Atravessámos essa planície pela manhã e sabemos que tal lago não existe. Mas agora está lá e é absolutamente verdadeiro, belo e verosímel.»
Ernest Hemingway
Etiquetas: Literatura