domingo, agosto 27, 2006

Praia de Peniche

Óbidos IV


Óbidos III

Óbidos II

Óbidos I




Aproveitei este sábado para ir passear para os lados de Óbidos. Já fazia intenção de lá ir a algum tempo mas deste é que foi.

E para quem não conhece cá fica o conselho: a visita vale bem a pena!

Seguem as fotos...

quarta-feira, agosto 23, 2006

CCNA: Já cá está!



Pois é, como podem ter reparado, nas últimas semanas tenho estado um pouco ausente em termos de publicação de posts. Mas foi por um bom motivo: estava a preparar a minha certificação Cisco.

Segunda-feira lá fui à RUMOS e o objectivo foi alcançado: 961 em 1000 pontos possíveis!

sexta-feira, agosto 11, 2006

Momento para reflexão e análise

'De que trata realmente a Economia?

...Todavia, ouve-se muitas vezes os ditos especialistas queixarem-se de que os impostos sobre a condução ou sobre a poluição são maus para a economia. É aflitivo.

Mas o que é «a Economia»? Se passar algum tempo a ver o canal Bloomberg ou a ler o Wall Street Journal, pode ficar com a impressão errónea de que «a Economia» é um punhado de estatísticas aborrecidas com nomes como PIB (produto interno bruto).

O PIB mede o custo total de tudo aquilo que é produzido, no plano económico, durante um ano - por exemplo, outro cappuccino acrescentaria 2,55 dólares ao PIB - ou um pouco menos, se alguns dos ingredientes forem importados.

E se você acha que isto é «a Economia», então os especialistas podem ter razão. Um imposto sobre a poluição era capaz de reduzir um valor como o PIB. Mas quem se importa com isso? Os economistas de certeza não. Sabemos que o PIB mede montes de coisas que são prejudiciais (vendas de armas, construções de má qualidade e as subsequentes reparações dispendiosas, despesas em transportes) e passa por cima duma imensidão de coisas que são importantes, como tomar conta de crianças ou ir dar um passeio nas montanhas.

Uma grande parte da Economia tem muito pouco a ver com o PIB. A Economia versa sobre quem recebe o quê e porquê. Nesse sentido, o ar puro e o trânsito fluente são parte «da Economia». É possível que a cobrança pelo congestionamento aumentasse o PIB porque as pessoas chegariam mais depressa ao trabalho e produziriam mais, e os preços nas lojas seriam mais baixos devido à distribuição mais eficiente. Mas é perfeitamente possível que a cobrança pelo congestionamento reduzisse o PIB. Na realidade, isso não faz a mais pequena diferença. Sabemos, com toda a certeza, que isso nos beneficiaria de um modo mais significativo: abrir-nos-ia muitas novas opções sobre onde ir e sobre o que fazer.

A vida é muito mais que aquilo que é registado nos livros de contabilidade. Até os economistas sabem isso.'


in 'O Economista Disfarçado' de Tim Harford

domingo, agosto 06, 2006

Monopólios: sai-nos do bolso!



Os monopólios são caracterizados por uma situação onde existe apenas um fornecedor para um determinado produto ou serviço.

Numa situação de monopólio, para uma mesma quantidade de um produto ou para um mesmo serviço, o preço a pagar pelo cliente será maior do que numa situação de concorrência.

Por estas e outras razões os bons Governos tentam combater situações de monópolios através, sobretudo, de leis regulatórias (as chamadas leis Antitrust).

Perante o que foi acima referido facilmente se chega à conclusão que na RAM existem alguns monopólios que prejudicam a economia regional e, em última instância, todos os seus habitantes.

Por um lado temos a TAP que, apesar de actuar num mercado liberalizado, continua, em termos práticos, a deter o monopólio do transporte aéreo, com os custos associados por todos conhecidos.

Outra situação, talvez ainda mais grave, é a do Porto do Funchal. Devido a esta situação de monopólio é hoje o porto mais caro da Europa, sendo mesmo mais caro colocar mercadorias, vindas de Lisboa, na Madeira do que nos Açores, apesar da maior distância para chegar a este último arquipélago.

Como facilmente se compreenderá esses custos do Porto do Funchal terão reflexos em todos os produtos que entram na RAM.

E o que causa mais espanto é que enquanto na situação da TAP, ao longo dos anos, o Governo Regional tem sido veemente a criticar a política da companhia aérea, o mesmo nunca aconteceu relativamente ao Porto do Funchal. E isto apesar deste último caso estar sob tutela regional ao contrário do que acontece relativamente aos transportes aéreos...

O sonho de todas as empresas é se tornarem monopolistas pois essa situação maximiza os seus lucros. Não podemos criticá-las por terem esses objectivos mas o que é perfeitamente inaceitável é um governo que pactua com essas situações que aumentam o custo de vida regional.

É nestas situações que se podem diferenciar um bom de um mau governo: um bom governo tem como objectivo a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos mesmo se para isso tem lutar contra monopólios. Infelizmente para os nossos bolsos não é isso que se passa na Madeira.

Jornalismo (não) Isento

Como em qualquer actividade também na Comunicação Social, que no meu entender é uma das actividades mais necessárias para o bom funcionamento de um Estado democrático, existem bons e maus profissionais e bons e maus orgãos de comunicação.

Contudo não podia deixar de salientar o mau exemplo de jornalismo dado por vários orgãos relativamente ao facto de não terem aparecido contribuintes da Madeira na lista negra.

Não pelo facto da notícia em si não ser verdadeira mas porque, propositadamente, ignoraram o facto do mesmo ter acontecido nos Açores. Esqueceram-se também de mencionar as razões apontadas pelos responsáveis de ambas as Regiões Autónomas para o sucedido: O Governo Central enviou a informação para as Regiões Autónomas em cima do prazo, não tendo sido possível validar as informações e colocar o nome desses contribuintes nas listas.

Para que não haja dúvidas queria salientar que sou favorável à publicação da supra-citada lista e, sobretudo, a um combate feroz às fugas aos impostos de todo e qualquer contribuinte.

Por fim gostaria de referir o único jornal que fez uma cobertura desta notícia de forma irrepreensível: Jornal de Negócios. Cá vai um excerto:

'Não foram só os contribuintes madeirenses que ficaram de fora da lista dos devedores. A Região Autónoma dos Açores também não validou nenhum contribuinte para que este figurasse, a tempo da estreia, entre os 288 devedores divulgados segunda-feira na «lista negra», apurou o Jornal de Negócios.

A lista é, por isso, exclusivamente composta por grandes devedores residentes no Continente. No caso da Madeira, foi o próprio responsável regional pelos assuntos fiscais a confirmar a situação a diversos órgãos de comunicação social ao longo do dia de ontem. Quanto à Região Autónoma dos Açores, o Ministério das Finanças, em resposta a um pedido de informação do Jornal de Negócios, confirma que «não foram validados contribuintes» do arquipélago.' (publicado dia 03 de Agosto)