quinta-feira, fevereiro 19, 2009

É preciso lata...



Emanuel Gomes, presidente da Câmara Municipal de Machico, afirma ao Tribuna da Madeira que ser autarca só dá chatices e que nem compensa financeiramente...ficamos com pena do Sr., não ficamos??

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Resposta a Emanuel Gomes

Passo a publicar a minha resposta ao presidente da Câmara Municipal de Machico:


Caro Emanuel Gomes,

Sei que dentro do partido da maioria existe uma tendência para aceitar mal qualquer tipo de crítica ou opinião divergente contudo não é isso que me inibirá de exprimir as minhas opiniões como, felizmente, a contituição portuguesa permite.

Lamento que, em vez de explicar aquelas que afinal foram as suas afirmações em jornais da região ou mostrar que afinal tem um projecto para o concelho, opte nesta sua resposta por ataques inaceitáveis sobre o meu apego a Machico. Ao menos, já que o pretende fazer, sugeria que se informasse melhor pois, apesar de não ter nada contra o Caniço, não resido nessa localidade...

Mas, de facto, numa coisa tem razão: é legítimo que as pessoas optem por morar nas localidades que lhes oferecem melhores condições de vida, tal como também está expresso na constituição portuguesa, e infelizmente não é isso que Machico tem oferecido sobretudo a muitos jovens que, devido à escassa oferta de emprego e aos preços elevados das habitações no concelho, se têm visto muitas vezes obrigado a ir morar para outros locais da região.

Eu, ao contrário do Exmo. Senhor, não considero que eles sejam menos apegados a Machico por essa razão! Mas essa é uma ‘mania’ típica de muitos sociais democratas madeirenses que pensam que só eles é que têm apego à sua terra!

O facto é que, também nesta situação, a autarquia que preside é parcialmente responsável ao aplicar contribuições elevadas, nomeadamente ao nível do IMI, e por não ter capacidade para atrair empresários que possam contribuir para aumentar a empregabilidade no concelho. Inclusivé alguns dos mais importantes empresários machiquenses se viram obrigados a ir investir para outros concelhos. Recordo apenas o caso do Sr. Manuel da Mata, que devido às exigências relativas à contrução que pretendia efectuar no antigo engenho, optou por ir para outros lugares. Curiosamente parece que agora as tais exigências já não se colocam...

Em relação ao casa da praia de Machico recomendo uma mais atenta leitura dos meus artigos pois claramente não percebeu, ou não quis perceber, o que lá afirmei. O que afirmo, e repito, é que, independemente das causas, o essêncial é resolver o problema que afecta a qualidade da água. E apesar da sua demagogia relativamente à bandeira azul os machiquenses, e madeirenses em geral, frequentadores da praia sabem bem qual a verdadeira situação...de qualquer forma aconselho-o a ir ao ribeiro que desagua junto à antiga praça para ver os resíduos (humoristicamente conhecidos em Machico como ‘mergulhadores’...) a irem directamente para o mar!

De qualquer forma, se e quando resolver efectivamente o problema, e porque o meu interesse é o interesse de Machico, serei o primeiro a elogiar esse facto, apesar da demora!

Em relação ao desenvolvimento de Machico, obviamente que o verifico, como também verifico que ele nada tem a ver com a actuação da autarquia! A única diferença em relação ao referido ano de 2001 é que a governo regional decidiu, com a vitória do seu partido, voltar a investir no concelho...em mais uma bela prova do seu sentido democrático em que se privou um concelho de investimento simplesmente porque a população optou por outro projecto partidário! Os Machiquenses sabem-no e não o esquecem!

Finalmente não posso deixar de achar engraçado que o facto de apresentar críticas e possíveis soluções para os problemas seja visto por si como ‘cegueira e raiva ao PSD’. Folgo em saber que se tornou num ferveroso social-democrata mas as minhas afirmações passam completamente ao lado do seu partido e centram-se somente na preocupação com o desenvolvimento de Machico.

Talvez você pudesse fazer o mesmo...apesar das suas afirmações no Tribuna da Madeira de que ser autarca é uma grande chatice e que nem financeiramente compensa! Já imaginou se tivesse que viver com o ordenado mínimo como tantos nossos conterrâneos??

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Resposta do Presidente da Câmara de Machico

Passo a publicar a resposta do presidente da Câmara Municipal de Machico que escreveu uma carta de leitor no DN a contestar as minhas afirmações quer sobre a praia de Machico quer sobre a situação social do conselho. Noto sobretudo a preocupação em colocar em causa o meu apego a Machico:

Solicito a V. Exas a publicação desta carta - resposta ao senhor Miguel Santos que tem escrito várias vezes, atacando a minha pessoa e a Câmara de Machico, nomeadamente na edição de ontem (carta com o título "Irresponsabilidade social em Machico".

O senhor Miguel Santos resolveu constituir-se como escriba de serviço para, intermitentemente, nesta página, desancar sobre o trabalho da Câmara de Machico, atacando especialmente a pessoa do seu presidente. Não sendo hábito perdermos muito tempo com respostas deste tipo, porque trabalho sério não falta a quem, todos os dias, tem de lutar para resolver problemas da população, vemo-nos obrigados a esclarecer o seguinte: O senhor Miguel Santos, que vive no Caniço, onde certamente paga os seus impostos - opção legítima mas reveladora do seu pouco apego a Machico - começou por zurzir, há dias, contra a praia de areia amarela, para depois baralhar tudo, dizendo que afinal havia problemas de esgotos mal resolvidos. A este propósito, para ser delicado, apenas informo o senhor escriba que as análises dos últimos anos, ao contrário de outrora, têm sido de tal modo positivas que a Câmara já candidatou a praia de Machico a Bandeira Azul, situação dantes impensável. Será que isso lhe vai aumentar a frustração senhor Miguel? Ou será que mesmo com Bandeira Azul a praia vai ser sempre má, na sua frustrada opinião? Quanto ao chumbo da proposta do Partido Socialista sobre a "radiografia social" ficámos a saber a sua verdadeira intenção. Afinal o senhor Miguel Santos vem em defesa das posições socialistas de Machico e do primeiro-ministro também. Acha o senhor Miguel que esses não têm culpa de nada do que está a acontecer em Machico, na Madeira ou em Portugal. O senhor Miguel na cegueira e raiva que manifesta ter ao PSD, pelo que se nota das sua posições, não aprecia minimamente todo o trabalho que foi feito para o desenvolvimento da cidade de Machico, nos últimos anos, não sabe o quanto foi feito pelos munícipes em todas as áreas, incluindo o apoio social, sobretudo à habitação. Ficamos a pensar que o senhor Miguel gostaria de fechar os olhos e voltar a 2001, ao tempo feliz do atraso do concelho.

Senhor Miguel, já sabemos que para si esta Câmara e este presidente não prestam. Só você sabe como resolver os problemas. Então só lhe resta uma coisa para cura da sua frustração, candidate-se, apresente as suas soluções, não se esconda atrás das páginas do DN, dê a cara, as eleições são já em breve.

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sábado, fevereiro 14, 2009

Intimidação à Madeirense - Não nos deixemos calar!

Porque não podemos deixar que nos calem quando a nossa luta é justa segue a resposta final ao DN:


Boa tarde,

Apesar de discordar em absoluto da Vossa decisão de não esclarecer as minhas legítimas dúvidas e porque assumo totalmente as minhas posições e afirmações e luto por uma sociedade democrática, cívica e livre de exprimir as suas opiniões sem intimidações, censuras ou auto-censuras, envio os dados solicitados:

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Agradecia portanto a publicação da carta de leitor.


Cumprimentos,

Miguel Santos

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sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O Porto Ainda Incomoda!

O Dr. Alberto João Jardim no passado dia 9, no seu habitual monólogo no Jornal da Madeira, na já famosa secção dos post-scriptum e sob o título ‘Idiotices!...’, ataca violentamente e, tal como usual, com termos muito pouco ‘simpáticos’ as opiniões expressas no Diário de Notícias sobre a situação do Porto do Funchal.

Uma vez que publiquei uma carta de leitor sob o título ‘O Porto das Lamentações’ que incide sobre esse tema, e apesar de não saber o que é um ‘comuno-socialista’, sinto-me na obrigação de responder.

Sei que o líder do PSD-M lida mal com as críticas e as opiniões divergentes por isso compreendo que a constituição portuguesa, que permite a livre opinião e liberdade de expressão, não seja propriamente do seu agrado. Paciência! A mim o que me preocuparia era se o PSD-M pudesse elaborar uma constituição para a Madeira!

Ainda no famoso post-scriptum refere que na questão dos transportes tem sido seguida uma política de mercado aberto (?!). Ora eu sou um acérrimo defensor da livre concorrência e do mercado aberto mas concerteza devemos ter definições diferentes destes conceitos…

Tanto quanto julgo saber existe apenas um único operador portuário na Madeira, o que dificilmente estimula um ambiente concorrencial, e que, sem surpresa, pratica os preços mais altos entre os portos europeus. Inclusive, em certos casos é mais barato enviar carga de Lisboa para os Açores do que para a Madeira…a tanto quanto aprendi nas minhas aulas de geografia a Madeira está bem mais perto de Lisboa que os Açores…estranho!

Dirá o Dr. Alberto João Jardim que só não entra mais nenhum operador porque não há quem queira? Não sei se será assim mas, mesmo que fosse, seria precisamente aí que um governo interessado pelo bem-estar da população madeirense deveria intervir, procurando activamente e incentivando que uma outra empresa pudesse entrar neste mercado, com todos os benefícios que a concorrência criada traria para a Madeira.

Diz ainda o presidente do PSD-M que as políticas seguidas pelo Governo Regional não têm tido prejuízo para a população (?!).

Se assim é agradecia que o Dr. Alberto João Jardim fizesse o obséquio de explicar como é que a não entrada na Madeira da cadeia de supermercados de baixo custo Lidl beneficiou os madeirenses? A entrada do Lidl aumentaria significativamente a concorrência nesse mercado e não é difícil imaginar como os madeirenses iriam poder ter acesso a bens alimentícios mais baratos…Mas infelizmente na altura (2001) deixou de ser permitida a construção de grandes superfícies com aquelas dimensões…foi pena!

E já que estamos neste tema seria possível esclarecer o ponto de situação do processo que o Lidl interpôs no tribunal europeu contra a Madeira, julgo que por práticas anticoncorrenciais?

Relativamente à afirmação que as soluções propostas pelos ‘críticos’ passam sempre por ser o erário público a pagar não posso senão achar hilariante.

Para além das soluções propostas não terem necessariamente de ser um encargo para o erário público, afirmações destas, vindas do principal responsável por um governo com uma dívida pública directa de cerca de 1500 milhões de euros e que teve iniciativas como as Sociedades de Desenvolvimento (ou deviam ser endividamento?), os parques empresariais e as marinas completamente desertos, para já não falar nos milhões que se desperdiçam no apoio ao futebol profissional e no jornal que o Dr. Jardim tanto escreve, não devem ser para ser levadas a sério!

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Intimidação à Madeirense - Última tentativa

Exmo. Senhor Luís Calisto,


Lamento profundamente a sua decisão de não esclarecer a minha dúvida que considero legítima.

Discordo da sua visão de que mantenho qualquer ideia pré-concebida sobre a Vossa atitude, aliás como você próprio o admitiu o DN fornece os dados quando solicitados pelo Tribunal, como foi amplamente conhecido no caso do Sr. Paulo Barata que escreveu uma carta de leitor no vosso jornal e foi processado.

A questão era apenas saber se algum tribunal tinha solicitado os meus dados ou não pois nesse caso teria o direito de me preparar legalmente para isso.

Friso uma vez mais que lamento a sua posição.


Cumprimentos,

Miguel Santos

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Intimidação à Madeirense - Palavras para quê?

Passo a publicar a não resposta do director do Diário de Notícias da Madeira:

Ex.mo Sr. Miguel Santos

Constato que foi em vão a explicação exaustiva dos critérios e da filosofia pelos quais se rege o Diário de Notícias. V. Ex.ª persiste numa pergunta que é altamente ofensiva para a dignidade desta instituição e para quantos cá trabalham, já que mantém aberta a hipótese de uma traição da nossa parte relativamente a um Leitor.
Assim sendo, dispenso-me de responder à referida pergunta, bem como de continuar a discussão.

Mantém-se da nossa parte a disponibilidade de espaço para as cartas que nos forem enviadas dentro dos parâmetros regulamentados - tratando-se de uma secção criada já lá vão uns bons anos por imperativo da nossa consciência profissional e não por outra qualquer obrigação.


Luís Calisto
Director

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Intimidação à Madeirense - Parte 3

Passo a publicar a minha resposta ao director do Diário de Notícias da Madeira:

Caro Sr. Luis Calisto,


Li com com atenção a sua resposta que me merece o seguinte comentário:

1- Na minha resposta inicial não se lê nenhuma exigência mas um pedido. Julgo que se estivesse na minha posição concerteza estranharia um pedido destes após a publicação de várias cartas de leitor e tendo em conta que da primeira vez que enviei uma carta para publicação, no longíquo ano de 2006, forneci todos os dados então solicitados. O facto de terem perdido ou não terem sido fornecidos mais dados apenas podem ser imputados ao Diário de Notícias da Madeira.

2- Não me julgo superior nem diferente de ninguém mas não abdico de ser esclarecido quando não entender a razão do que me está a ser pedido.

3- Considero inaceitável que classifique esse meu pedido de esclarecimento como insinuações torpes e inqualificáveis! Antes de enviar o mail telefonei para as vossas instalações para questionar a razão do pedido e foi-me dito que o mesmo se devia ao facto do Ministério Público estar a solicitar os dados a vários autores de cartas de leitor e portanto o DN pretender ter uma ficha actualizada dos autores de cartas que considerem mais agressivas. Obviamente que após receber estas infomações, e como julgo natural, fiquei com a dúvida se me estavam a pedir os dados preventivamente por vossa iniciativa e protecção, que consideraria legítimo, ou se seria porque os meus dados vos teriam sido solicitados pelo Tribunal ou Ministério Público. Neste último caso considero que vos competia o dever de me informar desse pedido, uma vez que seria parte interessada.

4- Fico grato pelo reconhecimento que a minha carta não tem ofensas pessoais mas também não admito a insinuação que pretendo que outros assumam a responsabilidade pelos meus actos. Sempre pautei as minhas intervenções, julgo eu, pelo respeito pelos outros mesmo podendo não concordar com as suas opiniões e assumo totalmente as minhas afirmações!

5- Agradeço a publicação das minhas cartas mas não concordo que tenha que considerar a sua publicação um acto de generosidade do DN, trata-se antes um acto de cidadania.

Assim, e uma vez que continuo com legítimas dúvidas, pedia apenas que me informassem se houve ou não pedido dos meus dados por parte de alguma entidade externa ao Diário de Notícias.

Agradeço antecipadamente a atenção dispensada e a resposta à dúvida colocada.


Com os melhores cumprimentos,

Miguel Santos

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Intimidação à Madeirense - Parte 2

Passo a publicar o meu pedido de esclarecimento ao DN e a respectiva resposta do seu director.


Pedido:


Boa tarde,

Agradecia um esclarecimento cabal da razão para me pedirem os dados após mais de 2 anos a publicarem cartas de leitor minhas.

Nomeadamente agradecia que me dissessem se a iniciativa deste pedido partiu do Diário ou se foi solicitada por alguma outra entidade.

Ponderarei o envio dos dados solicitados quando me forem dadas as respostas solicitadas e sob o pressuposto da existência de boa-fé.


Cumprimentos,

Miguel Santos


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Resposta:

Sr. Miguel Santos

1. As condições para publicação das cartas de leitor estão claramente expressas no rodapé da página respectiva - e saem a público todos os dias.
Ou seja, se o Senhor quer publicar textos tem de seguir as regras como qualquer outro leitor.

2. O facto de ver publicadas cartas suas há dois anos sem identificação, como diz, não lhe dá qualquer direito a continuar a beneficiar de uma situação que resulta de um erro interno do Diário.

3. Muito menos direito tem o Senhor de se apresentar, à luz de um inexistente direito adquirido, com exigências de explicações, ainda por cima com insinuações torpes e inqualificáveis sobretudo para quem tem encontrado disponível o espaço que quer para expressar livremente as suas ideias.

4. Devido ao erro interno de por vezes passarem cartas sem identificação, tem o Diário sido confrontado bastas vezes pelo Tribunal - e aí não aparece o leitor responsável (o único responsável pela carta, como se diz no referido rodapé) a dar a cara para fundamentar no local próprio aquilo que livremente manifestou.

5. A secção das cartas não se destina a dar espaço a quem quer ofender outrem sem assumir responsabilidades (e este exemplo não tem a ver com o seu caso, já que a sua carta não tem ofensas pessoais, apenas apresenta críticas dentro dos níveis normais). Há pessoas que se acham no direito de achincalhar quem querem e depois o Diário que assuma as consequências em Tribunal... e se houver recusa de publicação sem identificação, então é porque o Diário mudou de critério e agora está ao serviço deste ou daquele. Gratidão é isto.

6. No caso presente, o que está em causa não é a carta, que pode ser publicada como qualquer outra - e agradecemos a participação activa na troca pública de opiniões, porque achamos que a Região bem precisada está de debate. O que está em causa é a identificação do autor à luz dos regulamentados procedimentos internos, em conformidade com a lei - dado haver pessoas que recorrem ao tribunal por tudo e por nada e aí precisamos realmente da identidade para responder ao tribunal.

7. Existe também a alternativa de as cartas saírem com iniciais ou pseudónimo, para preservar o nome de pessoas que receiam represálias pelo que escrevem. Mas, internamente, temos de ficar com a identificação correcta, para o caso referido de haver recurso a tribunal.

8. Obviamente que há cartas tão neutrais que não são passíveis de recurso à Justiça, e aí podem sair algumas sem que se faça questão da identificação.

9. Não cedemos a identificação dos autores de cartas a ninguém, seja pessoa particular, instituição ou grupo. Apenas o fazemos se for o tribunal a pedir a dita identificação.

10. Em suma: nada há de estranho no facto de o Diário pedir uma identificação mesmo que não o tenha feito durante algum tempo (a interpretar como certa a sua informação sobre o nosso lapso). É absolutamente normal que quem expressa a opinião seja identificável, a não ser que entenda ter direito à expressão e o direito a que outros respondam por essa expressão.


Ao dispor para as cartas que quiser publicar,

cumprimentos,

Luís Calisto
Director

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quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Intimidação à Madeirense

Desde que publiquei no Diário de Notícias da Madeira a carta de leitor com o título 'O Porto das Lamentações' que se sucedem situações que considero caricatas.

Primeiro no dia 9 houve uma referência, nos seus famosos post-scriptum, no artigo de opinião do Exmo. Sr. Dr. Alberto João Jardim, a uma 'insinuação reles de comuno-socialistas que vêm destruindo o Diário de Notícias do Funchal' e outro mimos típicos da boa educação que o caracteriza.

Ontem enviei um outro artigo para ser publicado no DN-Madeira e hoje, para minha surpresa, recebi um mail do respectivo jornal informando-me que não poderiam publicar a minha carta de leitor a menos que fornecesse uma lista de dados pessoais que passavam a enumerar.

Intrigado pois já publicam cartas minhas há vários anos, mas já com as minhas suspeitas, liguei para o Diário para saber o que se passava.

Fui informado que era política do Diário ter uma 'ficha' dos autores das cartas com os dados solicitados e que portanto seria necessário enviar os tais dados.

Confrontados com o facto de que já publicam cartas minhas há muito tempo afirmaram que então o lapso era deles porque não deveriam ter publicado...

Como obviamente havia mais por detrás desta história pressionei mais um pouco e eis que surge a verdade: aparentemente, e de acordo com a minha interlocutora, o Ministério Público (MP) tem andado a solicitar os dados de vários autores de cartas de leitor!

E aparentemente o Diário, muito civilizadamente, pretende manter uma base de dados com os dados pessoais de quem escreva cartas mais 'agressivas' e que possam gerar alguma queixa para, dessa forma, poder disponibilizá-los ao MP!

Podemos apenas imaginar quem tem originado as queixas ao MP...não me parece que os meus artigos tenham conteúdo que justifique algum processo pois apenas questiono políticas e tomadas de decisão mas, para quem origina as queixas, o importante, mesmo que não haja processo, é tentar intimidar!

VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO! VIVA O DIREITO DE OPINIÃO!

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quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Irresponsabilidade Social em Machico

Recentemente a maioria social-democrata que governa os destinos da edilidade machiquense chumbou uma proposta dos vereadores socialistas no sentido de ser efectuada uma ‘radiografia social’ ao concelho de Machico.

A realização de tal ‘radiografia’ permitiria ter uma noção clara e actualizada da situação social no concelho, detectando eventuais bolsas de pobreza ou situações problemáticas em termos de problemas socio-económicos.

Aliás, tendo em conta a actual crise económica mundial e os alertas de muitas instituições de solidariedade social, é lógico imaginar que o mapa da situação social esteja a sofrer uma mudança rápida, para pior.

Assim sendo, e como sou defensor da máxima que para se poder lidar de forma eficaz com um problema é necessário conhecê-lo, faria todo o sentido uma iniciativa deste genéro.

Mas o que diz o presidente da Câmara Municipal de Machico (CMM) para justificar o chumbo da proposta?

Argumenta que esse estudo já foi feito e portanto é conhecida a situação social actual do concelho? Não!

Diz que a CMM está atenta ao problema ou que tem um plano de acção para estes tempos particularmente difíceis? Também não!

O que Emanuel Gomes diz primeiro é, confundindo demagogicamente o plano político nacional com o plano local, que a concelhia do PS em Machico devia propôr ao Governo da República medidas positivas para os portugueses?!!

Meu caro senhor, a sua função é exactamente estar atento aos problemas do seu concelho e, independentemente de concordar com as medidas nacionais ou não, tentar melhorar a vida da população machiquense. Se é para dizer que o Governo da República é que deve resolver os problemas locais aconselho-o a demitir-se e entregar a governação do concelho, que até tem sido inexistente, ao governo central. Assim sempre se poupava no seu ordenado!

Seguidamente afirma ainda que não é competência das autarquias medidas de apoio social ?!!

Existem muitas medidas que, sendo competência integral da CMM, podem directa ou indirectamente contribuir para uma melhoria da situação social de Machico!

Uma vez que demonstra total falta de imaginação e criatividade na procura de solucões para os problemas do concelho só me resta perguntar: Sr. Presidente, para que é que se vai recandidatar??

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domingo, fevereiro 08, 2009

Nem todo o dourado é ouro! – Parte 2

O acolhimento que o artigo inicial recebeu veio comprovar o interesse que a praia de Machico suscita quer entre a população local quer entre os banhistas madeirenses em geral.

No entanto queria aproveitar para fazer alguns esclarecimentos que algumas interpretações, mais ou menos inocentes, obrigam.

Ao contrário dessas interpretações, não afirmo, em parte alguma do artigo, que a responsabilidade da poluição da água é da unidade hoteleira instalada junto à praia! O que digo é que é uma das causas possíveis apontadas nas várias conversas sobre o tema e, sobretudo, afirmo que o importante é detectar inequivocamente a origem do problema.

Queria também aproveitar para referir uma outra ‘teoria’ que me foi trazida à atenção sobre a possível origem do problema.

Aparentemente, e aquando da colocação dos tubos para os esgotos e águas pluviais, foi cometido o erro básico de não desnivelar o tubo dos esgotos do das águas pluviais.

Resultado: só era possível fazer a ligação à rede de esgotos das casas de um dos lados da rua.

A solução terá sido ainda pior que o erro: ligaram as casas do outro lado da rua ao tubo das águas pluviais, originando que esses resíduos vão parar direitinhos ao mar!

A ser verdadeira esta ‘teoria’ conclui-se que houve um erro de palmatória na execução do projecto de saneamento básico; um erro também na fiscalização da obra; e a responsabilidade da situação seria inteiramente da Câmara Municipal...

Se assim for, torna-se ainda mais inacreditável a passividade por parte dos responsáveis camarários em resolver a situação porque, nesse caso, o problema está sob a sua alçada!

Erros podem acontecer, o que já não se pode aceitar é não fazer nada para os resolver...

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Delírios Bloquistas!

Não é de agora que o líder do Bloco de Esquerda (BE) envereda por caminhos de pura demagogia política mas julgo não estar longe da verdade se afirmar que nesta ‘convenção’ atingiu o zénite.

E digo isto não tanto por Francisco Louçã ter afirmado que defende a proibição de despedimentos em empresas com ‘resultados’ (?!!..presumo que queira dizer com lucros...), que na minha opinião representa meramente uma péssima medida política com consequências potencialmente nefastas para a economia portuguesa, mas sobretudo pela argumentação que usou como base para a defesa da referida medida: ‘o capital nada faz, é o trabalho que tudo faz’.

Uma vez que Francisco Louçã é economista de profissão, e não é portanto possível admitir ignorância no uso de tal argumento, conclui-se que se trata de uma estratégia de pura demagogia política com propósitos meramente eleitoralistas, nomeadamente tentando ir buscar uma franja de descontentes do Partido Comunista.

A teoria económica tradicional define como necessária à partida, para que uma economia possa produzir bens e serviços, a existência de Trabalho (ie, mão-de-obra), Terra (ie, recursos naturais e espaço físico) e Capital (ie, tudo aquilo que teve de ser produzido primeiramente, tal como as fábricas e as máquinas e que necessitam de financiamento para serem adquiridos ou produzidos) – os chamados Factores de Produção.

Evidentemente que nenhum economista sério poderia afirmar que, com apenas um desses factores de produção (seja ele qual fôr!), se poderia produzir qualquer tipo de bens ou serviços!

Aliás quer recordemos o que sucedeu em Portugal após o 25 de Abril, com a ‘fuga’ do Capital e as tentativas dos comunistas de usarem apenas a mão-de-obra como factor de produção (são célebres as imagens na fábrica da Mercedes de Setúbal dos ‘visionários’ comunistas, quais Francisco Louçãs da altura, a quererem que de um momento para outro a fábrica deixasse de produzir carros e passasse a produzir frigoríficos...não houve mão-de-obra que alcançasse esse feito!), quer o que se passou nas antigas colónias portuguesas em África, a conclusão é a mesma: a inexistência de Capital e Investidores levou ao colapso dessas economias...

É portanto com este tipo de medidas do Bloco de Esquerda que podemos contar para aquilo que os seus dirigentes designam de ‘novo paradigma na economia portuguesa’??

Meus caros senhores, esse tipo de medida de novo não tem nada, tendo sido já testadas e chumbadas nas fracassadas economias comunistas!

É claro que o BE está a tentar aproveitar-se politicamente da crise económica mas para isso não vale tudo, sob pena de continuarem a contribuir para o descrédito com que os cidadãos olham para as propostas partidárias!!

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quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Só por curiosidade...



Alguém sabe quanto custou a quadra natalícia à Câmara Municipal de Machico?

No site dos contratos públicos online (BASE) consta só em ajustes directos quase cem mil euros (100.000,00 Euros).

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domingo, fevereiro 01, 2009

Nem todo o dourado é ouro!




Sempre fui da opinião que a praia de Machico possui, de longe, o maior potencial entre as praias existentes na região: quer a extensão da praia quer a inegável beleza da baía representam enormes mais valias que devem ser maximizadas.

No fim da passada época balnear foi inaugurada, com a usual pompa e circunstância, a fantástica obra de colocar areia amarela na praia de Machico.

Gostaria de esclarecer que apesar de não ser contra a ideia de ter uma praia de areia em Machico considero que a areia amarela não é a melhor solução.

O uso de areia preta, que aliás já existe naturalmente na praia em causa, teria sido, do meu ponto de vista, muito mais benéfico. Para além de ter tido um custo muito inferior permitiria também diferenciar esta praia das restantes praias artificiais mantendo uma aparência mais natural.

No entanto a questão do tipo e cor da areia é o menos importante!

A questão realmente crucial para que a praia de Machico seja um sucesso, com capacidade para atrair milhares de veraneantes e, dessa forma, também contribuir para a revitalização do comércio local, é a qualidade da água!

E o primeiro passo para resolver esse inegável problema é encará-lo de frente. Mas o que se tem visto da actual administração camarária é tentar esconder o problema ou, como também já é hábito, argumentar que é um problema que herdaram de trás…Após dois mandatos é vergonhoso continuar a tentar culpar outros pela não resolução dos problemas do concelho! Neste caso não há areia dourada que esconda o problema!

Qualquer frequentador da praia de Machico, que não tenha interesses ocultos e pouco honestos, reconhece a existência deste problema. Mas o que ainda não foi esclarecido com clareza é a verdadeira causa do problema: enquanto uns acham que o problema está na ribeira; outros acham que o problema é dos esgotos da unidade hoteleira situada junto à praia; ou talvez seja de ambos.

Assim o que se torna crucial e urgente fazer para que a praia de Machico possa finalmente maximizar todo o seu potencial é, antes de mais, estudar o problema, talvez com o apoio de especialistas, para detectar a verdadeira causa da poluição. E após detectada a causa, resolvê-la!

E caso se confirme que o Hotel lá localizado tem também ‘culpas no cartório’ convém, em vez de o usar como bode expiatório como muitos fazem, usá-lo como aliado! Para além de ser a principal unidade hoteleira do concelho e um empregador importante, é também uma parte interessada na existência de uma praia de grande qualidade pois isso também serve como cartaz turístico.

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