Durante várias décadas milhares de Madeirenses, sobretudo por razões económicas, viram-se obrigados a emigrar. Foram vários os países de eleição dos quais se destacam, pela dimensão da comunidade madeirense presente, a Venezuela, África do Sul e Brasil entre muitos outros.
Em todos estes países existe uma característica comum associada, pelos próprios naturais desses países acolhedores, às comunidades madeirenses: a vontade de prosperar através do trabalho árduo. Essa característica permitiu a muitos madeirenses se tornarem membros influentes das comunidades onde estão inseridos.
Actualmente existem alguns programas de âmbito cultural, patrocinados pelo Governo Regional da RAM que, apesar de não conhecer a sua eficácia, merecem, no plano teórico, o meu apoio. Contudo, julgo existir um enorme potêncial, a nível económico, junto destas comunidades que devem ser aproveitadas pelo Governo Regional e pelos empresários insulares.
A Madeira com cerca de 260 000 habitantes tem um mercado interno muito limitado, pelo que o crescimento da economia regional passa pela capacidade de inovar e exportar os seus produtos.
Nesse sentido gostaria de salientar as iniciativas da Empresa de Cervejas da Madeira e dos Supermercados Sá que decidiram apostar no mercado continental aproveitando o nicho de mercado existente, que são os madeirenses aí residentes.
O que proponho é expandir este tipo de iniciativas aos países que possuem as tais importantes comunidades madeirenses. Dessa forma tornar-se-á possível aumentar as exportações da RAM aproveitando nichos de mercado específicos.
Por outro lado, julgo que compete ao Governo Regional promover a Madeira como mercado a investir junto de empresários madeirenses a residir no estrangeiro, salientando as mais-valias e benefícios, nomeadamente associados à Zona Franca da Madeira. Essa promoção poderia permitir também atrair empresários naturais dos próprios países onde existem comunidades madeirenses.
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