Aumentos de Capital e o Caso BCP - II
Após a descrição feito no post anterior torna-se mais fácil perceber uma das mais perniciosas 'jogadas' feita pelo BCP:
Utilizando empresas off-shore 'fantoche', controladas pelo próprio BCP, o banco, antes de anunciar um aumento de capital, iniciava um processo especulativo de compras de acções próprias que, naturalmente, conduziam a uma subida do valor da acção. Trata-se da mais básica lei de mercado: mantendo o número de acções e aumentado a procura pelas acções o preço de cada acção irá aumentar.
Isto é tanto mais verdadeiro quanto, perante a evidência da subida das acções do BCP, todos aqueles minimamente atentos ao mercado de acções, e que não são poucos, se sentiam tentados a adquirir essa acção.
Na altura do aumento de capital as acções do BCP estavam assim num pico e, como tal, o valor do banco atingia montantes record.
Mas pior, pelo menos para os novos investidores incautos, permitia ao BCP emitir as novas acções a valores superiores ao realmente justo: como referido no post Aumentos de Capital e o Caso BCP I, por forma a supostamente não prejudicar os accionistas mais antigos o BCP argumentava ser necessário pagar um prémio maior por cada acção (o designado share premium).
Como contudo o valor das acções tinha sido inflaccionado fraudulentamente os novos subscritores estavam a comprar gato por lebre!!
Agora que o 'esquema' foi descoberto e as acções do BCP andam pela rua da amargura os mais recentes subscritores acumulam perdas enormes.
Trata-se claramente de um roubo descarado que, num outro qualquer país capitalista sério, levaria a pesadas penas de prisão pois tinha sido posto em causa todo o sistema bolsista e as poupanças de milhares de pessoas.
Mas estamos a falar de Portugal e assim sendo alguém acredita que os famosos cabecilhas desta fraude serão sequer condenados?
A ver vamos...
Utilizando empresas off-shore 'fantoche', controladas pelo próprio BCP, o banco, antes de anunciar um aumento de capital, iniciava um processo especulativo de compras de acções próprias que, naturalmente, conduziam a uma subida do valor da acção. Trata-se da mais básica lei de mercado: mantendo o número de acções e aumentado a procura pelas acções o preço de cada acção irá aumentar.
Isto é tanto mais verdadeiro quanto, perante a evidência da subida das acções do BCP, todos aqueles minimamente atentos ao mercado de acções, e que não são poucos, se sentiam tentados a adquirir essa acção.
Na altura do aumento de capital as acções do BCP estavam assim num pico e, como tal, o valor do banco atingia montantes record.
Mas pior, pelo menos para os novos investidores incautos, permitia ao BCP emitir as novas acções a valores superiores ao realmente justo: como referido no post Aumentos de Capital e o Caso BCP I, por forma a supostamente não prejudicar os accionistas mais antigos o BCP argumentava ser necessário pagar um prémio maior por cada acção (o designado share premium).
Como contudo o valor das acções tinha sido inflaccionado fraudulentamente os novos subscritores estavam a comprar gato por lebre!!
Agora que o 'esquema' foi descoberto e as acções do BCP andam pela rua da amargura os mais recentes subscritores acumulam perdas enormes.
Trata-se claramente de um roubo descarado que, num outro qualquer país capitalista sério, levaria a pesadas penas de prisão pois tinha sido posto em causa todo o sistema bolsista e as poupanças de milhares de pessoas.
Mas estamos a falar de Portugal e assim sendo alguém acredita que os famosos cabecilhas desta fraude serão sequer condenados?
A ver vamos...
Etiquetas: Economia