sexta-feira, outubro 29, 2010

Lisboa debaixo de água...






Bastou uma hora de chuva intensa para deixar Lisboa da forma que as imagens testemunham...

Todos os anos é a mesma coisa: todos sabem que se aproxima a época das chuvas e que é necessário, pelo menos em Setembro, começar a limpar as sarjetas e desobstruir as linhas de água...mas nunca se prepara as coisas a tempo e horas.

Aqui a responsabilidade deve ser partilhada entre os cidadãos e as entidades oficiais. Se é verdade que existe um laxismo nos funcionários e responsáveis camarários também é verdade que as pessoas contribuem para o entupimento das sarjetas com comportamentos reprováveis e com falta de iniciativa para ajudarem nas limpezas às suas portas...

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sexta-feira, outubro 15, 2010

Embuste à PSD-M!



Nos últimos dias temos assistido a uma tentativa por parte do PSD-M de iludir e enganar os Madeirenses em relação ao que defende o PS-M relativamente à aplicação do pacote de austeridade!

Vários 'inventores' de opinião do PSD-M - chamo-os assim porque eles criam a sua própria versão do que é dito, sem qualquer pejo em deturpar a mensagem original - tentam difundir a ideia que o PS-M não pretende a aplicação de medidas de austeridade na região. Nada mais falso!

Como é claramente esclarecido no vídeo aqui apresentado, o PS-M pretende é que sejam aplicadas OUTRAS medidas de austeridade aproveitando o poder que a autonomia concede à região!

Em vez de cortar nos salários dos funcionários públicos e nas prestações sociais o PS-M defende que se ataque antes de mais o despesismo crónico que o PSD-M instituiu no governo regional.

Eis onde se pode cortar sem dificuldade: fundir ou extinguir institutos, fundações e empresas públicas; reduzir os altos cargos e número de chefias; despesas de funcionamento da Assembleia Regional; redução ou eliminação das despesas de representação; redução do número de viaturas nomeadamente eliminando a benesse de viatura para os directores regionais e muito, muito mais!

Antes de isto ser feito não se pode aceitar o corte para os do costume!

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quarta-feira, outubro 13, 2010

Durham University no Top 100!


A universidade de Durham prima por uma interacção alunos-professores que para mim, habituado ao sistema universitário nacional, surpreendeu muito positivamente!

Aqui leva-se a sério a máxima que alunos e professores aprendem uns com os outros e não há Sr. Dr. ou "Sôtor" nem títulos que sejam usados para criar uma barreira com os alunos.

Tenho muito orgulho de como Student Representative dos estudantes de mestrado ter vindo a coloborar, dentro das minhas possibilidades, para que este ambiente único - que só pode ser vivido e dificilmente descrito - continue e seja melhorado.

Surpresa portanto que o nome de Durham University tenha entrado na lista das 100 melhores universidades do mundo? E que tenha sido colocada, por 5000 empresas consultadas mundialmente, no 25º lugar em termos da reputação dos seus alunos (à frente de Universidades tão conceituadas como Princeton?)? Nenhuma!

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Portugal no Conselho de Segurança da ONU

Portugal foi eleito ontem para um mandato de 2 anos no Conselho de Segurança da ONU.

A alguns dias atrás no DN-M um membro do PSD-M, misturando de forma ridícula a influência internacional da diplomacia portuguesa e a situação económica, argumentava que Portugal era olhado com desconfiança e sem respeito pela comunidade internacional...

É um caso típico do mal dizer português e de tentar sempre pintar um cenário pior do que a realidade. Será falta de iniciativa e de falta de capacidade para abordar temas que interessem de facto à população?

Fico a aguardar o que esse senhor agora tem a dizer...mas se tivesse que apostar diria que vai meter a guitarra no saco e assobiar para o lado como se nada tivesse acontecido e continuar a emitir as suas sempre 'sábias' lições!

Nada de estranhar nestes 'líderes de opinião' do PSD-M...

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terça-feira, outubro 12, 2010

Resposta à Resposta

Em relação ao primeiro ponto julgo que o que pretende referir é a desresponsabilização e não o facilitismo.

Facilitismo no sistema educativo é o termo geralmente empregue para se referir à diminuição do nível de exigência.

Julgo que a clarificação dos termos faz toda a diferença neste caso: o que eu argumentava era que facilitar a passagem dos alunos dificilmente promovia a violência e a indisciplina...

Em relação ao deficit como deve imaginar ele não surgiu de um dia para o outro. Foi devido ao acumular de erros e de falta de coragem dos sucessivos governos (PS e PSD) para cortar na despesa improdutiva do estado que se chegou a esta situação. E em relação a despesas supérfluas e improdutivas o PSD-M não recebe lições de ninguém...

Quanto às medidas a tomar para controlar a despesa do estado e reduzir o deficit existem, de facto, muito a fazer. Mas também aqui não vejo mais coragem no PSD que no PS.

Fusão e extinção de empresas, fundações e institutos públicos; redução dos altos cargos e número de chefias; redução das despesas de representação e do número de viaturas do estado; acabar com a acumulação das reformas; reestruturação administrativa do poder local: após as fortunas gastas em infra-estruturas manter, por exemplo, o número de juntas de freguesia é ridículo!

O PSD-M aqui também foi fantástico: construiu, e bem, as vias rápidas mas em vez de aproveitá-las para reduzir, por exemplo e entre outros, o número de centros de saúde (alguns estão a escassos minutos entre si e não têm pessoal médico permanente...) por uma questão eleitoralista decidiu manter ou construir novos.

Podia falar de tantos outros exemplos: dinheiro mal gasto no apoio ao desporto profissional; criação de Sociedades de Desenvolvimento que apenas serviram para fugir ao endividamento zero de Ferreira Leite, aumentar exponencialmente o deficit regional e distribuir ‘jobs for the boys and girls’; construção de parques empresariais que estão vazios...

Podia dizer muito mais mas alongar-me-ia demasiado e os exemplos são mais do que elucidativos para o facto de que o PSD-M é provavelmente o último a poder dar lições de boa gestão.

Imagino que não concorda apesar de serem factos indesmentíveis pelo que vamos concordar que discordamos...

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Resposta de Sara André

Passo a reproduzir a resposta que Sara André colocou no seu blog:

"Bem vamos por partes. Com certeza não me soube expressar bem:

-Afirmo que o facilitismo na educação leva à indisciplina e à violência.Pois muito bem...,quando falo de facilitismo falo na total falta de meios com que o professor muitas vezes se depara, até do ponto de vista disciplinar para se impor na sala.
As crianças podem faltar e não têm consequencias, a maior parte das vezes faltam ao respeito e tambem nada lhes acontece. è obvio que perante isto a consequencia, duas de muitas, é o aumento da indisciplina e violência. E a prova são os numeros e as noticias na comunicação social.

Acho que é absolutamente possivel provar a causalidade entre o facilitismo e a indisciplina e violência escolar! A ausencia de regras leva à ausencia de valores e por isso considero de facto, que um estabelecimento escolar que promova o facilitismo esteja a gerar a indisciplina e a violência.


- Afirmo então que a nossa sociedade está doente exactamente pela ausencia de valores sociais e politicos e que são necessários novos mecanismos para que tudo se altere. Referiro-me a novos quadros normativis.

- Refiro que a política nacional do PS é acenar com facilitismos e dádivas porque foi o que fez na campanha eleitoral com o complemento de reforma e a promessa de não aumentar os impostos, fez aumentos na função publica e salário minimo e aumentou as prestações sociais de abono de familia. E agora o que fez? Teve não só que retirar tudo, como agravou as condições das familias.

E foram algumas destas medidas que o PSD alertou que não era o momento certo para se avançar e foi criticado por iss. A economia estava débil e o deficit era elevado. Essa era a altura a que me referia.

Obviamente agora é necessário as medidas de austeridade tendo em conta o que se deu e gastou e que não se podia pagar.

Relativamente aos tachos entregues a militantes do PSD, gostaria de dizer. que em cargos politicos obviamente os lugares são distribuidos por militantes deste partido. Mal seria se assim não fosse.

Quanto a associações, conheço muitas que são presididas por pessoas que não são do PSD. E há votos nas associações.todos são liveres de se candidatar. Eu falo por mim.
Nunca misturei a minha acção politica com a associativa e tive a honra, e tenho actualmente, de trabalhar nas organizações com militantes ou simpatizantes de outros partidos.

A regra é, a politica fica à porta, ali somos unidos por outros interesses."

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terça-feira, outubro 05, 2010

A Crise da Região

A habitual coluna no DN-Madeira da social-democrata Sara André não costuma conter reflexões ou pensamentos profundos sobre a política madeirense ou nacional, limitando-se geralmente na mera defesa do seu partido usando argumentos que não raras vezes, na minha opinião, são pouco coerentes e demasiado parciais.

Contudo o artigo intitulado Crise da República, embora mantendo a génese daquilo que constitui o artigo típico de Sara André, contém alguns pontos ‘curiosos’.

Primeiro a surpresa por um membro do PSD-M assumir a sua concordância com as medidas de austeridade recentemente anunciadas pelo Governo da República. Isto de facto constitui uma novidade!

Mas Sara André vai mesmo mais longe ao ponto de criticar o PS-M por segundo ela terem afirmado que a Madeira não necessitaria de ir tão longe nas medidas de austeridade.

Apesar de na minha interpretação o PS-M ter afirmado uma coisa bem diferente – o que o PS Madeira afirmou foi que a autonomia que a região tem devia de servir para alguma coisa e nomeadamente para a criação de um pacote de medidas de austeridade que se adaptem melhor à situação concreta da Madeira (se é para fazer tudo igual ao governo da República porque andamos nós a pagar àqueles senhores que se sentam na Assembleia Regional??) – esta afirmação torna evidente a nova estratégia do PSD-M.

Após décadas de uma gestão esbanjadora por parte do Governo Regional – as marinas e os parques industriais que continuam às ‘moscas’, as fortunas mal gastas pelas ‘Sociedades de Endividamento’ e os subsídios ao desporto profissional apenas para enumerar alguns exemplos - que originou um deficit gigantesco na região, o PSD-M vê neste pacote de medidas de austeridade a possibilidade de proceder aos cortes que, por receio do impacto que teria nos resultados eleitorais, se vinha recusando a fazer.

Desta forma vai tentar como sempre sacudir a ‘água do capote’ dos seus 30 anos de governação e afirmar que a culpa desses cortes é toda do Governo da República.

Mas assim sendo fica provado que o Governo Regional é incapaz, nestes tempos difíceis, de criar um pacote próprio que com coragem e criatividade acabem com o esbanjamento reinante que criou e limita-se a aplicar as medidas que o Governo da República tomou.

Apesar de julgar que existem medidas de fundo que deviam ser tomadas para reduzir o deficit que não foram tomadas – por exemplo a fusão e extinção de institutos e empresas públicas (e onde se incluem as Sociedades de Desenvolvimento da região) e a redução das chefias e altos cargos nas mesmas – noto a diferença entre quem tem coragem para tentar atacar o problema e quem não tem.

Finalmente realço a referida parcialidade de Sara André: se o PS supostamente não sabe governar porque o País está neste estado o que dizer então do PSD-Madeira que colocou a Madeira nesta situação de endividamento gigantesco hipotecando gravemente o futuro da nossa região?

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